BRASÍLIA - Deputados e senadores ainda não têm certeza se a sessão do Congresso Nacional previamente marcada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), acontecerá de fato na próxima terça-feira (17) — como ele indicou no mês de maio.

A avaliação é que ainda não há acordo para análise dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também paira um clima de indefinição sobre a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para investigar os descontos irregulares nas folhas do INSS.

A avaliação é que Alcolumbre ainda pode segurar a realização da sessão e adiá-la para depois das festividades do São João — que, tradicionalmente, esvaziam o Congresso com as viagens dos deputados e senadores para seus redutos eleitorais, principalmente no Norte e no Nordeste do país. Há, entretanto, quem garanta que a sessão acontecerá.

O primeiro ime que cerca essa sessão no Congresso é a questão da MI do INSS. Parlamentares da base tentam impedir a instalação da comissão, e conseguiram adiá-la pelo menos por enquanto, garantindo que o assunto esfriasse um pouco.

A oposição, entretanto, não pretende abdicar da instalação da comissão nesse formato com composição de deputados e senadores. O grupo, entretanto, enfrenta outras prioridades no Congresso: a derrubada do decreto do governo Lula (PT) aumentando o IOF e a manutenção do mandato da deputada foragida Carla Zambelli (PL-SP).

Ainda em maio, quando indicou que a sessão aconteceria, Alcolumbre indicou que não pretendia realizá-la apenas com um item em pauta, ainda que fosse a instalação da MI do INSS.

Ele lembrou, entretanto, que o requerimento para início da comissão obteve o número de s, obrigando-o a ler o pedido de instalação na sessão seguinte do Congresso. "Quero deixar claro que não tem condições de um presidente do Congresso, tendo amparo regimental e fato determinado, não cumprir as regras do regimento", afirmou.

A prioridade de Alcolumbre é que aconteça a deliberação dos vetos, entre eles estão, os vetos de Lula à versão do Propag aprovada pelo Congresso Nacional. São mais de 60 vetos incluídos na pauta, e a avaliação é que não dá para discuti-los sem um acordo prévio para votá-los em bloco. "O certo é marcar a data, convocar e aguardar que as lideranças façam um compromisso para que a gente possa deliberar", disse em maio.

A assessoria do presidente Davi Alcolumbre ainda não confirmou se manterá a realização da sessão para o dia 17.