Diante da urgência climática e dos desafios socioambientais cada vez mais complexos, a educação ambiental tem sido uma ferramenta eficaz na formação de cidadãos conscientes, críticos e preparados para proteger os recursos naturais. Segundo o Fundo das Nações Unidas (UNICEF), 40 milhões de crianças brasileiras estão expostas a riscos climáticos, como ondas de calor, enchentes e secas, sendo as mais afetadas por eventos extremos relacionados às mudanças climáticas.
A pesquisa “Juventudes, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas” (JUMA), divulgada em 2023, ouviu 5.150 jovens entre 15 e 29 anos de todas as regiões do Brasil. O estudo, conduzido pelas redes Em Movimento e Conhecimento Social com apoio de outras organizações, revelou que 36% dos participantes não sabiam em qual bioma viviam.
No entanto, o levantamento comprovou que os jovens reconhecem a relevância do tema ambiental, e 80% defendem as reservas ambientais como forma de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Os dados evidenciam a necessidade de investir em educação ambiental desde a infância, capacitando as novas gerações para compreender e enfrentar os desafios ambientais. Ao caminhar lado a lado com a preservação, a educação amplia o conhecimento sobre o meio ambiente, como também promove mudanças de comportamento, fortalece a cidadania e mobiliza redes de cuidado nos territórios.
No Mês do Meio Ambiente, experiências implementadas em municípios que acolhem operações da Anglo American reforçam como iniciativas educativas estão contribuindo para transformar realidades e estimular novas mentalidades desde a infância.
O investimento em educação e meio ambiente faz parte do compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e com a construção de um legado positivo nas regiões onde está presente.
Por meio do edital de projetos sociais de 2024, 23 propostas foram selecionadas para receber apoio da companhia, com investimento de cerca de R$ 1,3 milhão. As iniciativas contemplam temas como saúde, bem-estar, cultura, formação e, de forma expressiva, meio ambiente.
Aberto à participação popular, o edital reforça o papel das comunidades na construção de soluções locais, respeitando saberes tradicionais, necessidades do território e a valorização dos recursos naturais.
Foto: Agroflor Engenharia e Meio Ambiente/Divulgação
Entre os destaques está o projeto Mãos na Terra, em Serro, que aposta na pedagogia do fazer e em práticas sustentáveis para desenvolver, com crianças e adolescentes, habilidades em agricultura, conservação ambiental e gestão de resíduos. A proposta promove vivências que estimulam o vínculo com a terra, o respeito à biodiversidade e a formação de uma geração mais atenta às questões ecológicas.
Já no município de Alvorada de Minas, o projeto Frutificar combina segurança alimentar, agroecologia e educação ambiental ao capacitar famílias na formação de pomares domésticos, valorizando o uso de plantas medicinais e os saberes ancestrais. A iniciativa não apenas fortalece a produção de alimentos nos quintais, como também promove o vínculo comunitário e o cuidado com a natureza.
Essas ações integram um conjunto maior de esforços da Anglo American em prol da educação de qualidade nos territórios. Desde 2021, o programa Transformando os Municípios pela Educação, realizado em parceria com a Fundação da Gide (FdG), já beneficiou mais de 5,4 mil estudantes do ensino fundamental em Minas Gerais e Goiás.
A iniciativa, inclusive, acaba de ser reconhecida nacionalmente com a conquista do Selo Nacional Compromisso pela Educação, concedido pelo Ministério da Educação (MEC). “O programa tem promovido uma verdadeira transformação educacional nas regiões onde a Anglo American atua, impulsionando mudanças estruturais nas escolas, qualificando o ensino e, consequentemente, criando um futuro promissor para os participantes, além de desenvolvimento sustentável das comunidades”, afirma Isis Chaves, consultora da FdG e diretora técnica do programa.
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