Parte da Rota das Emoções, os Lençóis Maranhenses são um dos tesouros naturais mais impressionantes do Brasil. Um céu intensamente azul cobre dunas de areia branca esculpidas pelo vento, intercaladas por lagoas azuis e esverdeadas de águas cristalinas que transformam a paisagem em um cenário quase surreal, único no mundo.

Mas para viver essa experiência em sua plenitude, é fundamental escolher a época certa. A alta temporada, quando as lagoas estão cheias e o clima é predominantemente ensolarado, vai de junho a agosto. De outubro a agosto, as lagoas secam, e isso frustra alguns turistas. “Os Lençóis são bonitos em qualquer época, garante Patrick Pereira de Araújo, da agência de receptivo Baluarte Turismo.

Para quem pretende visitar o novo Patrimônio Natural da Humanidade reconhecido pela Unesco em 2024, a plataforma Civitatis reuniu cinco dicas essenciais para planejar essa viagem para lá de inesquecível. E não esqueça nunca: ver os Lençóis com as lagoa cheias não tem preço.

1. Faça uma ou duas pernoites em São Luís

Para quem sai das regiões Sul e Sudeste, o trajeto até os Lençóis pode ser cansativo. Primeiro, é necessário um voo até São Luís, seguido por um transfer terrestre de cerca de quatro horas até uma das cidades-base do parque, como Barreirinhas ou Santo Amaro. A dica é pernoitar em São Luís ao menos duas noites na ida e/ou na volta para evitar o desgaste de combinar voo e estrada no mesmo dia e explorara cidade. Nesta época do ano, a capital maranhense vive o clima das festas juninas (foto acima, Getty Images / iStockphoto), quando o centro histórico ganha ainda mais charme e cores.

2. Barreirinhas é a maior cidade e tem melhor estrutura

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, eleito o segundo mais bonito do mundo, pode ser ado a partir de três localidades: Barreirinhas (foto acima, crédito: Civitatis / Divulgação), Santo Amaro e o vilarejo rústico de Atins. Com 65 mil habitantes  Barreirinhas a maior cidade e oferece melhor infraestrutura de hospedagem, comércio e serviços, mas também é a mais distante das lagoas. Em média, o trajeto até o parque dura cerca de uma hora em veículos 4x4, por estradas de terra esburacadas, e você muito provavelmente estará sentado em um banco na traseira aberta. Já a partir de Santo Amaro, esse deslocamento é mais curto e tranquilo, cerca de 20 a 30 minutos.

Em Barreirinhas, se quer ficar na áera central a dica é a Pousada do Buriti. São 33 suítes climatizadas, com charmosas redes na varanda,de frente para a piscina. Além do custo-benefício, a localização é privilegiada. Mais distantes, outros dois hotéis oferecem um pouco mais de luxo e conforto ao visitante: Porto Preguiças Resort, à beira do rio Preguiças, com 40 chalés aconchegantes, piscina com fundo de areia e ótima gastronomia, e Encantes do Nordeste, no bairro de Boa Vista, com decoração oriental, chalés charmosos e todo ajardinado com plantas nativas da região.

3. Os Lençóis são incríveis, mas há muito mais a explorar

As dunas e lagoas são, sem dúvida, o ponto alto da viagem, e vale a pena fazer pelo menos dois ou três eios para conhecer diferentes áreas do parque, principalmente ao pôr do sol. Afinal, as lagoas variam entre si e cada eio revela paisagens únicas. Mas não se limite às lagoas, diversifique seu roteiro e faça outras opções de eio, como a flutuação no rio Formiga, o eio noturno para observar o plâncton brilhante, a subida de lancha pelo rio Preguiças (foto acima, crédito: Civitatis / Divulgação) e o sobrevoo de avião para ter uma vista panorâmica. Assim, você desfruta mais do que a natureza abundante da região tem a oferecer. Conheça também a comunidade de Tapuio para viver a experiência de todas as etapas da produção da farinha, compartilhadas por 200 famíliad. Também é possível presenciar a colheita da juçara, nome dado ao açaí na região.

4. Escolha com atenção as empresas de eio e transfer

Essa é uma viagem em que o viajante obrigatoriamente terá que contratar prestadores de serviço como transfers, trajetos de lancha (para ir de Barreirinhas para Atins, por exemplo) e eios de bugue (foto acima, crédito: Civitatis / Divulgação), entre outros. O parque tem o controlado e todos os eios e deslocamentos precisam ser feitos com empresas autorizadas. Não é possível visitar por conta própria. Para garantir uma boa experiência, é fundamental escolher muito bem as empresas contratadas. Muitos turistas relatam experiências negativas com empresas locais que pecam na pontualidade, qualidade ou organização.

5. Não vá embora sem provar os sorvetes regionais

Depois de um dia explorando as dunas, nada melhor do que se refrescar com os sorvetes artesanais típicos da região. Sabores como bacuri (foto acima, crédito: Civitatis / Divulgação), buriti, murici, castanha e cajá são imperdíveis. As sorveterias são points das cidades-base e vale muito a pena a visita. Em Barreirinhas, experimente o sabor Atins na Bolinha Sorvetes. Em Atins, vá até a sorveteria do Restaurante Ça Va. E em Santo Amaro, conheça a Sorveteria Quero-Quero.