O governo de Minas reacendeu a discussão sobre a instalação de pedágios na região metropolitana de BH ao prever uma praça de cobrança no edital de concessão da BR-356, publicado na sexta-feira (28). 

No mês ado, deputados estaduais deram início à tramitação de uma PEC que proíbe o pedágio na região, entrando em rota de colisão com o Executivo.

A pauta une políticos de direita e esquerda e merece ser debatida com serenidade, tendo em vista seu impacto direto no dia a dia da população. O fluxo diário de cidadãos entre os diversos municípios da região é intenso. As pessoas saem das cidades em que residem para ar, em outro município, serviços como saúde e educação, além de lazer e oportunidades de trabalho.

Sem alternativas eficientes de transporte público, o que é uma realidade na região metropolitana, a cobrança pode limitar o direito de ir e vir. Seria um custo a mais no já apertado orçamento doméstico, que sofre com a inflação, e na produção das empresas que operam na região metropolitana.

Existem ao redor do mundo casos de pedágio metropolitano, mas em um outro contexto de mobilidade. A aplicação prática dessa cobrança em Minas Gerais pode resultar em efeitos negativos do ponto de vista socioeconômico.

Diante desse cenário, é essencial que o governo e os legisladores avaliem alternativas que minimizem os impactos negativos, como tarifas diferenciadas ou até mesmo a isenção para moradores locais e incentivos ao transporte coletivo.

Sem alternativas eficientes de transporte público, o que é uma realidade na RMBH, a cobrança pode limitar o direito de ir e vir. Existem ao redor do mundo casos de pedágio metropolitano, mas em um outro contexto de mobilidade.

A aplicação prática dessa cobrança em Minas Gerais pode resultar em efeitos negativos do ponto de vista socioeconômico.

O desenvolvimento da infraestrutura é necessário, mas não pode ocorrer à custa da economia e da qualidade de vida da população.