A velocidade máxima nas pistas centrais da Via Expressa (avenida Presidente Juscelino Kubitschek), no trecho entre a rua Coração Eucarístico de Jesus e a avenida Teleférico, na divisa de Belo Horizonte com Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, será reduzida de 80 km/h para 60 km/h a partir da próxima terça-feira (17 de junho). A medida, anunciada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta quinta-feira (12 de junho), faz parte de um conjunto de ações do Executivo para tornar o trânsito mais seguro na capital mineira. A justificativa da PBH está baseada na premissa de que velocidades menores reduzem a gravidade dos acidentes.

Conforme o órgão, a via receberá reforço na sinalização com 20 novas placas, e a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) instalará faixas ao longo do trecho, informando a mudança no limite de velocidade. Além disso, os equipamentos de fiscalização eletrônica serão ajustados para o novo limite.

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'Pilar mundial para redução de mortes no trânsito', diz especialista

Para o especialista em trânsito e diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (AMMETRA), Alysson Coimbra, a medida adotada pela PBH é eficaz, já que, segundo ele, o controle de velocidade é um pilar mundial na redução de mortes no trânsito, independentemente do tipo de via.

"A velocidade é cientificamente comprovada como um fator que potencializa o agravamento das lesões decorrentes de acidentes de trânsito, inclusive com aumento do risco de morte instantânea no local. Em um cenário catastrófico como o que enfrentamos no sistema nacional de trânsito, políticas públicas de controle de velocidade — como a fiscalização por radar, a limitação e a redução da velocidade máxima — são medidas que favorecem a preservação de vidas e a segurança do tráfego local", explicou.

Segundo Coimbra, a redução da velocidade na Via Expressa não comprometerá a fluidez do trânsito, desde que o motorista programe seus compromissos e dirija com prudência, respeitando os limites estabelecidos. "É uma ilusão achar que, quanto mais se corre, mais rápido se chega. O excesso de velocidade só nos leva mais depressa para onde não queremos estar: um pronto-socorro", enfatizou.

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Para subsecretária, iniciativa serve para diminuir severidade dos acidentes

A subsecretária de Operações de Transporte e Trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMUR), Jussara Bellavinha, apontou que a redução de velocidade é essencial para diminuir a severidade dos acidentes. 

“Belo Horizonte tem se destacado por uma política de segurança no trânsito consistente e pelo monitoramento sistemático de sinistros. A participação da cidade, desde 2011, no Projeto Vida no Trânsito, é reflexo desse esforço contínuo. O objetivo de todo esse trabalho é proporcionar mais segurança aos condutores e pedestres, e salvar vidas”, afirmou a subsecretária ao site da PBH.

Projeto Vida no Trânsito

O Projeto Vida no Trânsito, utilizado pelo Executivo na capital mineira desde 2014, recomenda o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e cultura de paz no trânsito e de prevenção das lesões e mortes causadas por acidentes, gerando oportunidades de colaboração e coordenação conjuntas da saúde, trânsito, educação, segurança e outros setores governamentais e não-governamentais.

Segundo a PBH, a nível nacional, dois fatores prioritários devem nortear as medidas de prevenção, com base nas análises dos cruzamentos das diversas fontes de dados da área do trânsito e da saúde: bebida alcoólica e direção e excesso de velocidade. Um terceiro fator foi acrescentado em Belo Horizonte, que é o conflito entre pedestres, motocicletas e demais veículos. 

"O trânsito impõe novos desafios a cada ano, exigindo o aprimoramento constante das estratégias adotadas e o fortalecimento das ações para que os índices de acidentes e vítimas continuem em queda. O trabalho de sinalização, fiscalização e educação para a mobilidade é fundamental para que os números de acidentes e as fatalidades continuem sendo reduzidos e mais vidas sejam preservadas", acrescentou a prefeitura.