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O bicampeonato da França foi mais uma derrota de Bernardinho na Olimpíada de Paris. 

Como se não bastasse a pífia campanha com o Brasil, vergonhoso oitavo lugar, o técnico viu Andrea Giani, treinador contratado para substituí-lo, chegar ao lugar mais alto do pódio.

Bernardinho, alegando problemas particulares na ocasião, anunciou que deixaria o comando da seleção em março de 2022, 7 meses após ser anunciado.

Então tá.

A França investiu em Andrea Giani, que na época apostou na força do elenco e optou em rescindir contrato com a Alemanha.

Nos bastidores, entretanto, a versão de Bernardinho não colou.

O que se sabe é que os métodos de trabalho dele em pouco tempo foram reprovados pelos líderes da França. Sem ambiente, e pressionado, afinal a seleção defenderia o título olímpico em casa, o técnico roeu a corda e abandonou o trabalho.

Ninguém cedeu aos caprichos.

Uma fonte ligada à seleção afirmou ao blog logo após a conquista da medalha de ouro em Tóquio, que o 'cenário' desenhado por Bernardinho mudou radicalmente após o surpreendente resultado no Japão.

Laurent Tillie, campeão, derrubou a expectativa do brasileiro.

A decisão de deixar o projeto não foi bem digerida pelos dirigentes ses.

Bernardinho, no íntimo, não apostava que a França tivesse bola para se manter entre os primeiros.

Errou.

A França, de Giani, não só foi bicampeã, como viu o Brasil voltar para casa nas quartas de final.

Isso sem contar a VNL.

Dizem que tudo que vai, volta. Pode até voltar, mas aceitar de volta é uma outra história.

O Senado é uma coisa, a França outra.