A Justiça mineira considerou inocente o homem acusado de envolvimento na execução a tiros de um jovem de 23 anos, dentro de casa, no bairro Sagrada Família, na região Leste de Belo Horizonte. O assassinato aconteceu na frente da ex-companheira e do bebê do casal, em novembro de 2022. Conforme registrado no inquérito policial, o réu estava acompanhado de um comparsa, e a dupla responde pela invasão e ataque armado, supostamente motivados por uma desavença relacionada ao tráfico de drogas. O outro acusado ainda aguarda julgamento.

A decisão é do conselho de sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte, em sessão realizada nesta quarta-feira (11 de junho). De acordo com a sentença, os jurados decidiram pela absolvição do réu por falta de provas que o ligassem ao homicídio da vítima — Thales Eduardo Faccio Fernandes, de 23 anos. O alvará de soltura do acusado já foi solicitado.

O outro homem acusado da execução também será julgado por homicídio qualificado, por motivo fútil e por ter agido de forma a dificultar a defesa da vítima, surpreendida dentro de casa. Até o momento, não há data marcada para o júri.

Execução de jovem na frente do filho no Sagrada Família: relembre

Em 18 de novembro de 2022, Thales Eduardo Faccio Fernandes, de 23 anos, foi executado com ao menos cinco tiros na frente da ex-esposa e do bebê do casal, dentro da casa da mulher, no bairro Sagrada Família, na região Leste de Belo Horizonte. A perícia da Polícia Civil identificou quatro perfurações na cabeça e uma no pescoço da vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência, a ex-companheira relatou aos policiais militares que Thales suplicou para não ser assassinado: "Você vai me matar na frente do meu filho?", teria apelado.

À PM, a mulher afirmou que dois homens armados entraram na residência, abordaram e atiraram contra o ex-marido.

Suposta ligação com o tráfico de drogas

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os dois réus teriam agido por vingança, dentro da lógica do “tribunal do crime” do tráfico de drogas. “Apurou-se que a vítima e os denunciados atuavam ativamente na criminalidade no bairro Sagrada Família, onde se tornaram desafetos por entenderem que a vítima estaria vendendo drogas em ‘seu domínio’. Inconformados com a ‘transgressão’, os denunciados planejaram matar a vítima (...)”, diz trecho da denúncia.