Equador e a Seleção de Ancelotti ficaram no 0 a 0 na noite desta quinta-feira (5), pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, resultado que acabou sendo o mais justo para a estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção. Em live no "Tiagol", Tiago Leifert analisou a partida, apontou a falta que Neymar faz no time e pediu protagonismo de Vini Jr.

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- Não é coincidência que, quando o Neymar parou de jogar pela Seleção Brasileira, nada mais deu certo. O Neymar, desde que entrou na Seleção em 2010, tem o pior entorno de todos os tempos. Nunca um craque foi tão solitário quanto o Neymar na Seleção. E mesmo assim, ele é o artilheiro da história. E o maior assistente da história. O Neymídia? O fraco? Como é que vocês chamam ele? O ‘ex-jogador em atividade’? Esse aí? Ele só tem 70 e tantos gols… sozinho. Então, quando ele não tá, cara, ninguém bota a bola embaixo do braço. Mas eu esperava que fosse o Vinícius. Pô, cara… o Vinícius tem que botar a bola embaixo do braço - disse o jornalista.

Como foi o jogo da Seleção de Ancelotti?

Diante do Equador, o Brasil de Carlo Ancelotti demonstrou que será um time sobretudo solidário. Porque, mesmo que o treinador tenha optado por colocar Estêvão entre os 11 iniciais, a joia brasileira ou a maior parte do primeiro tempo fazendo o que Richarlison, Gerson, Bruno Guimarães e qualquer outro em campo fazia: voltar para ajudar a marcar e a recuperar a bola.

O time também mostrou que se encaminha para ter um padrão de jogo, com recomposição rápida e ataques com es em profundidade. Mas, em Guayaquil, isso ainda ficou mais na intenção do que efetivamente na prática. Erros de e foram comuns, em especial nos primeiros 45 minutos. Algo que não se deveria considerar normal numa Seleção Brasileira, mas razoavelmente compreensível se for levado em conta que foram apenas três treinos de um time muito modificado em relação ao que vinha jogando nas Eliminatórias.

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Nesse contexto, o Brasil de Ancelotti fez 46 minutos de poucas chances de gol. Vini Jr teve lampejos pela extrema esquerda do campo, Richarlison pecou na última bola e Estêvão careceu de força física para levar mais perigo. No fim, o 0 a 0 antes do intervalo acabou sendo justo.

O jogo voltou do intervalo com o Equador controlando as ações de jogo, mas, assim como acontecer no primeiro tempo, sem exercer qualquer tipo de pressão. Ao Brasil, coube nos primeiros 20 minutos se defender com paciência e tentar achar um gol em contragolpe. Sem sucesso.

Ancelotti tentou dar um novo rumo ao time colocando Matheus Cunha e Gabriel Martinelli nas vagas de Richarlison e Estêvão. A partir daí, o Brasil ou a ser um pouco mais incisivo, mas o Equador se manteve senhor do jogo. O time da casa chegou a finalizar três vezes com perigo, mas parou nas mãos de um concentrado goleiro Alisson. E ficou por isso mesmo.

Ancelotti, durante estreia pela Seleção
Ancelotti durante estreia pela Seleção Brasileira (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)