BRASÍLIA – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), uma operação para desarticular organização criminosa especializada na falsificação e comercialização de diplomas de ensino superior.
O material era oferecido por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens. Os golpistas vendiam diplomas dos cursos de direito, psicologia, engenharias, biomedicina, fisioterapia, istração, educação física, entre outros.
Esses documentos estariam sendo usados para a obtenção de registros em conselhos profissionais e para o exercício ilegal de atividades privativas de profissões regulamentadas.
Agentes foram às ruas para cumprir 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em 11 estados, inclusive nas casas do principal suspeito de liderar o esquema e de beneficiários da fraude.
Ao menos oito dos beneficiários já têm registros ativos em conselhos de classe, exercendo funções diretamente ligadas às áreas falsamente declaradas, segundo a PF.
As investigações começaram após a identificação de um diploma falso apresentado para registro profissional. A partir da análise do documento, foi descoberto um site fraudulento, hospedado em uma plataforma pública, criado para simular um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários.
"O ambiente digital, construído com aparência legítima, continha diversos diplomas falsos em nome de terceiros", diz a PF em nota. A PF já identificou ao menos 33 diplomas fraudulentos associados ao mesmo ambiente virtual.
A investigação apura a atuação de um grupo estruturado, com divisão de tarefas, envolvendo a produção, venda e uso de diplomas falsificados, havendo ainda indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Os investigados poderão responder por falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal de profissão e receptação, entre outros delitos eventualmente apurados ao longo das investigações
A Polícia Federal também está comunicando os conselhos profissionais competentes, para que sejam adotadas as medidas istrativas e disciplinares cabíveis em relação aos registros obtidos por meio de documentação falsa.