O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, neste sábado (26), a quantidade de voos diretos existentes do Brasil para o continente africano, em visita oficial a Luanda, capital de Angola.

O petista afirmou que quando voltar ao Brasil, vai convidar para uma conversa as empresas de aviação, o Ministério do Transporte e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Eu quero discutir por que um país do tamanho do Brasil não tem vergonha de não ter um voo para a África. A África do Sul tem voo para o Brasil, Angola tem voo para o Brasil, Cabo Verde vai reabrir.  E por que um país grande como o Brasil não tem algumas linhas que possam vir para o continente africano”, disse.

O mandatário afirmou que vai pedir explicações às companhias. “Se me explicar, eu entendo”, destacou. Apesar da fala do presidente, algumas companhias aéreas brasileiras oferecem voos diretos para cidades como Joanesburgo (África do Sul) e Luanda. No entanto, muitos deles não são diários.

Lula também anunciou que o governo brasileiro pretende abrir um Consulado Geral em Angola. O local trataria de serviços como emissão de aportes e legalização de imigrantes.

"Com aproximadamente 30 mil brasileiros, Angola já abriga nossa maior comunidade em todo continente africano. Por isso, instrui o chanceler Mauro Vieira a estudar a abertura de um consulado geral em Luanda, que seria o primeiro em um país de língua portuguesa na África", disse.

Após se encontrar com o presidente de Angola, João Lourenço, na sexta (25), Lula esteve na inauguração da Galeria Ovídio de Melo, no Instituto Guimarães Rosa, na capital angolana.

Lula chegou em Angola nesta sexta, após ter participado do encontro da cúpula do Brics, na África do Sul. Ele ainda seguirá, neste sábado, para São Tomé e Príncipe antes de retornar ao Brasil.