Um marco na medicina foi alcançado nos Estados Unidos: um paciente de 41 anos voltou a urinar normalmente após ar por o que se considera o primeiro transplante de bexiga bem-sucedido da história.

Cirurgia durou oito horas e foi realizada na Califórnia

A operação foi realizada no último dia 4 de maio no Ronald Reagan UCLA Medical Center, em Los Angeles, e contou com uma equipe liderada pelos médicos Nima Nassiri e Inderbir Gill. O procedimento também envolveu o transplante de um rim, já que o paciente estava em diálise há anos.

Paciente perdeu os rins e a bexiga por causa de um câncer

Oscar Larrainzar, morador da Califórnia, ou sete anos sem conseguir urinar de forma natural. Após um câncer agressivo, perdeu os dois rins e grande parte da bexiga. Desde então, vivia dependente de diálise e de procedimentos paliativos para eliminação da urina.

“É como voltar à vida”, diz paciente após o transplante

Após a cirurgia, Oscar pôde urinar normalmente. “É como voltar à vida”, relatou o paciente em entrevista. A nova bexiga foi conectada aos canais urinários do próprio corpo, sem necessidade de usar partes do intestino — como costuma ser feito em cirurgias reconstrutivas que trazem riscos de infecções e complicações digestivas.

UCLA inicia estudo para novos transplantes de bexiga

Segundo o hospital, o sucesso da cirurgia abre caminho para uma nova era nos transplantes. Um estudo clínico já foi iniciado, com previsão de acompanhar pacientes até 2028 para avaliar a segurança e a eficácia do procedimento.

Cirurgia pode beneficiar pacientes com malformações ou lesões

A equipe médica acredita que, no futuro, o transplante de bexiga poderá ajudar não apenas vítimas de câncer, mas também pessoas com malformações congênitas, traumas ou doenças degenerativas do trato urinário.

Brasil ainda não realiza esse tipo de transplante

No Brasil, procedimentos como esse ainda não são realizados, mas especialistas acreditam que a tecnologia poderá chegar ao país nos próximos anos, especialmente em centros de referência como os hospitais de São Paulo e Belo Horizonte.

Avanço pode evitar complicações de métodos atuais

Atualmente, reconstruções de bexiga usam partes do intestino grosso, o que pode gerar efeitos colaterais graves, como infecções, cálculos e até câncer secundário. A nova técnica representa um salto significativo na qualidade de vida desses pacientes.

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