A formação de um grande time de futebol a, sem dúvidas, por um forte departamento de scouting. E o Cruzeiro, de Leonardo Jardim, acerta em cheio na contratação de um profissional do nível de Joaquim Pinto, com vasta experiência e agens por importantes clubes do futebol europeu, como o Benfica. Sempre cobrava neste espaço que era necessário promover uma reformulação no departamento de futebol, trazendo profissionalismo à gestão e fortalecendo a pasta com entendedores do riscado. Joaquim é um desses profissionais. 

Sua chegada reforça que o clube caminha em uma ótima direção com os pensamentos que vêm sendo aplicados por Jardim, cada vez mais com a chave nas mãos e autonomia suficiente para executar seu planejamento. 

Lembro de uma entrevista de Pedro Lourenço, quando da chegada ainda recente do treinador português à Toca, onde era nítida a falta de sintonia que existia em relação ao scouting celeste. Na ocasião, o comandante português solicitou um simples relatório dos jogadores emprestados e isso sequer existia.  

Um clube de futebol precisa estar coberto em todas as frentes e o acompanhamento dos jogadores é essencial, sejam eles os emprestados ou os potenciais reforços. 

Ficou evidente também que a primeira janela celeste nesta temporada priorizou mais nomes midiáticos do que uma composição de elenco que realmente fosse equilibrada. Mas que bom que Jardim, mesmo com esse descomo, conseguiu encontrar um time que jogasse à sua maneira, incorporando suas tendências e fortalecendo também sua presença como mentor em um cenário à época desolador. 

O certo é que fazer futebol mudou bastante. E é preciso, acima de tudo, uma observação apurada para fazer investidas certeiras no mercado. Pensando em um salto de qualidade organizacional, a chegada de um novo chefe de scouting coloca o time celeste antenado a esta necessidade. Que Joaquim Pinto faça um ótimo trabalho e consiga capitalizar valores e peças que realmente agreguem à engrenagem de Jardim. 

É muito bom ver o Cruzeiro saudável, caminhando em várias frentes de evolução e também entregando resultados em campo. É um momento de estabilidade que o time necessitava e pelo qual a SAF de Pedro Lourenço também ansiava.